
a culpa é minha
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Vulnera Sanentur
às
17:20
Vou reler meu último post e tentar enxergar a situação de uma maneira mais construtiva do que destrutiva. E mais: me controlar para não 'compartilhar' minha fúria com ninguém e, assim, evitar que mais pessoas sejam contaminadas com meu instinto assassino.
D'us me ajude.

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trabalho x satisfação pessoal
Postado por
Vulnera Sanentur
às
18:41
Daí que desde o início do ano estamos com uma nova proposta editorial que, até agora, tem agradado. Fico feliz com os comentários e elogios, mas fico chateada por saber que poderíamos fazer muito mais, se não fosse a pressão para agradar uns e outros e a interferência de um alto escalão na produção da revista.
Claro que não escrevo 'sob a orientação' de ninguém, mas ter uma pessoa no seu pescoço perguntando diariamente se as coisas estão a caminho é bastante broxante. Parece que a pessoa não confia, sabe? Que ela precisa se certificar que eu não farei nenhuma besteira. Péééssimo.
Gosto muito de trabalhar nessa entidade. As pessoas com as quais trabalho (no dia-a-dia) são ótimas e o tipo de trabalho que realizo é o que sempre quis fazer como jornalista. Sei que não existe emprego perfeito, mas a questão do 'profissionalismo' sempre pesou muito pra mim. Gosto de trabalhar com bons profissionais, com pessoas com quem posso trocar ideias e ser ouvida. Com quem entende do que está falando. Mas nunca tive essa chance.
Fiz um balanço mental e percebi que sempre lidei com chefes que tinham dinheiro e nenhum conhecimento. Já tive chefes escravocratas, sociapatas, alucinados e malucos. E todos tinham a mesma questão em comum: não entendiam nada (ou quase nada) da área que atuavam. Claro que nunca dava certo: eu falava que 'x' era o correto, e pessoa vinha com: não importa, quero 'y' porque dá mais lucro.
Tô começando a achar que a errada sou eu, que espero demais do trabalho. Devia fazer como uma moça que trabalha no financeiro da entidade onde estou: ela enxerga o emprego como um meio de conseguir dinheiro para pagar as contas. Nada interfere na vida pessoal dela, que chega e sai pontualmente, que não espera da empresa nada além do seu salário.
Vou pensar mais nesse exemplo. Talvez esteja direcionando minha vida pro lado errado. Talvez trabalhar não seja nada além de conseguir dinheiro para ter conforto e acesso à saúde, educação e lazer. Aquela coisa de 'trabalhar para viver e não viver para trabalhar' nunca fez tanto sentido pra mim.

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to be free to feel proud of me
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Vulnera Sanentur
às
17:26
Já falei isso quatrocentas milhões de vezes, mas sempre que falo percebo como essa afirmação é importante pra mim: "fazer terapia foi a melhor decisão que tomei". Às vezes a gente acaba se acostumando com a dor, incorporando ela à nossa rotina. E até se esquece de como é melhor viver ser pesos, sem culpas, sem medos.
Meu processo teve início com a morte da minha mãe, há quase um ano atrás. Só quem já perdeu a mãe sabe o que isso significa. No meu caso, a situação foi agravada por uma doença extremamente cruel, que a levou aos poucos durante dois longos anos. Somado a uma condição financeira não muito favorável, o cenário foi bastante complicado.
Pra deixar tudo ainda mais ao estilo Manoel Carlos, a relação que tive com ela não era das mais saudáveis. Ela tinha muitas expectativas quanto a mim, a maioria delas ligada a necessidade que ela tinha que eu fosse uma extensão dela, que agisse e pensasse como ela. Me recusei a não ser eu mesma e acabei sendo, pra ela, uma grande decepção. Eu tentava e tentava agradá-la, mas nunca era suficiente.
Mas quer saber? Me orgulho das decisões que tomei e acredito mesmo que, no final, valeu a pena passar por tudo isso. Me fez um ser humano melhor. Sinceramente, se tivesse cedido à pressão que ela fazia, poderia até ter sua admiração, mas não seria eu mesma, não seria uma pessoa feliz.
A questão toda é que, apesar de conscientemente estar orgulhosa das minhas decisões, ainda tenho que administrar a culpa que acaba me tomando de assalto e me tirando o sono vez ou outra. Um sentimento irreal de que ela morreu e eu nem consegui ser uma 'boa filha' (segundo a opinião dela). Como se eu tivesse alguma responsabilidade pela doença ou por ela não saber lidar com as próprias expectativas.
Demorou mas estou conseguindo me olhar com mais orgulho e dar menos atenção ao que as pessoas pensam sobre a minha vida. Aprender sobre si mesmo dói, mas a sensação é sem igual.
Meu processo teve início com a morte da minha mãe, há quase um ano atrás. Só quem já perdeu a mãe sabe o que isso significa. No meu caso, a situação foi agravada por uma doença extremamente cruel, que a levou aos poucos durante dois longos anos. Somado a uma condição financeira não muito favorável, o cenário foi bastante complicado.
Pra deixar tudo ainda mais ao estilo Manoel Carlos, a relação que tive com ela não era das mais saudáveis. Ela tinha muitas expectativas quanto a mim, a maioria delas ligada a necessidade que ela tinha que eu fosse uma extensão dela, que agisse e pensasse como ela. Me recusei a não ser eu mesma e acabei sendo, pra ela, uma grande decepção. Eu tentava e tentava agradá-la, mas nunca era suficiente.
Mas quer saber? Me orgulho das decisões que tomei e acredito mesmo que, no final, valeu a pena passar por tudo isso. Me fez um ser humano melhor. Sinceramente, se tivesse cedido à pressão que ela fazia, poderia até ter sua admiração, mas não seria eu mesma, não seria uma pessoa feliz.
A questão toda é que, apesar de conscientemente estar orgulhosa das minhas decisões, ainda tenho que administrar a culpa que acaba me tomando de assalto e me tirando o sono vez ou outra. Um sentimento irreal de que ela morreu e eu nem consegui ser uma 'boa filha' (segundo a opinião dela). Como se eu tivesse alguma responsabilidade pela doença ou por ela não saber lidar com as próprias expectativas.
Demorou mas estou conseguindo me olhar com mais orgulho e dar menos atenção ao que as pessoas pensam sobre a minha vida. Aprender sobre si mesmo dói, mas a sensação é sem igual.

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there's a fire starting in my heart
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Vulnera Sanentur
às
08:50
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o problema da lição de casa
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Vulnera Sanentur
às
06:53

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